quarta-feira, 20 de maio de 2009

O que Julia Roberts e Stallone tem em comum?

Na semana passada, assisti a uma palestra sobre os clássicos do cinema e suas trilhas sonoras. Isso me fez pensar nas trilhas que se tornaram clássicas e indisociaveis aos filmes. Fazendo um recorte no fim do século XX, há duas musicas que se encaixam perfeitamente nesse caso.


Vai falar que você não visualiza a Julia Roberts quando escuta o seguinte trechinho: “pretty woman, walking down the street.” Não tem como negar! Outro filme que eternizou sua trilha foi Rock Balboa. Ao ouvir aquele “tantantam tantantam tantantam tantantam”, você lembra do filme e, mais do que isso, tem vontade de correr por ai dando soquinhos no ar e subir a primeira escada que aparecer na sua frente.

Depois de cantarolar essas musicas, comecei a tentar pensar em uma trilha do século XXI que tivesse esse mesmo poder, aquela musica que você provavelmente não sabe o nome, não tem a menor ideia de quem gravou, mas pode precisar o momento em que “aparce” no filme. Mas, infelizmente, não a identifiquei. Não sei se ela ainda não existe, se eu ando assistindo aos filmes errados, ou se precisamos de um distanciamento para conseguir identificar um clássico.

Se tivesse que apostar em uma musica para assumir esse papel, seria “Maybe tomorrow” da banda Stereophonics . Essa musica encerra um filme, que apesar de ter ganho o oscar, não e muito badalado, que e o “Crash - no limite”. Bem, daqui a uns 20 anos a gente volta a conversar sobre o assunto e eu vejo se cheguei, pelo menos, perto de acertar. E você tem algum palpite para o clássico da primeira década do século XXI?

Veja no you tube um video de um usuário identificado como mvmps que misturou algumas cenas do longa com a musica.

quinta-feira, 7 de maio de 2009

PE???

- Como é mesmo aquele negócio que você faz?

Dou logo uma resposta completa para evitar novas perguntas:
- É PE, Produção Editorial (e não Pernambuco), é pra trabalhar em editora.
- Mas precisa estudar tanto tempo pra fazer um livro?


Aparentemente é simples, mas há mais mistérios na sua biblioteca do que supõe esta vã literatura: tipo de papel, fonte, entrelinha, estilo, capa, formato, ilustração, impressão, distribuição, formato, logística, cálculo de custos e por aí vai. Achei que “como se faz um livro?” era um tema relativamente conhecido, mas percebi que me enganei redondamente quando voltei de uma visita à editora Record, exibindo uma matriz (eles chamam “clichê”) de impressão e umas duas pessoas disseram “eu pensei que era uma impressora gigante”. É, não deixa de ser... já imaginou como trocam o cartucho?


Agora imaginem uma máquina que imprime nada mais nada menos que 80 livros de cerca de 200 páginas por minuto! Dá até um aperto no coração ver aquele seu precioso livrinho, aquele que você não empresta pra ninguém, andando numa esteira como se fosse um parafuso ou uma latinha de coca-cola.

Essa velocidade é possível, porque o sistema é diferente do tradicional off-set. Quem???? Vamos fazer um teste. Pegue um livro de literatura qualquer próximo de você e abra na última página. Provavelmente vai estar escrito algo do tipo: “Esta obra foi impressa pela XX editora em ofsete sobre papel pólen” etc. Está lá. Escrito desse jeito estranho (será a nova ortografia?), mas está.

Como todos sabem, no princípio era o verbo. Para o verbo ir parar na máquina é preciso fazer uma chapa de impressão. O processo de produção da chapa pode ser feito digitalmente (como é o caso das editora Record) num mecanismo chamado CTP: Computer to plate - xx ou através de fotolitos. E lá vamos nós...



Quando eu era criança ganhei um livrinho chamado “O mistério da fábrica de livros” (alguma influência?), mas como nem todas as crianças tem essa sorte, vou dividir um pedacinho da minha infância com vocês.



Fotolito, s.m. Filme positivo para reprodução de textos ou ilustrações para impressão. (Bueno, Silveira. Minidicionário da língua portuguesa. FTD, SP, 2000.)
O fotolito é uma página, feita de um filme fotográfico (lembram do material dos negativos, das nossas máquinas fotográficas analógicas?), com as imagens do que se quer imprimir. Para cor é feito um fotolito. Quando digo cada cor, quero dizer, ciano (C), magenta (M), amarelo (Y) e preto (K), as cores básicas da tinta que vão compor todas as demais.

Essa escala de cores é conhecida como CMYK (Em inglês: C= cyan, M= magenta, Y=yellow, K= black ou key). Na verdade, se misturarmos o cian, o amarelo e o magenta, teremos uma cor muito próxima do preto. Eu disse próxima. É que as cores, como sabemos, são resultantes da absorção e reflexão a luz, mas essa absorção não é total, e da mistura das cores sai uma cor que tenta ser preta, mas só consegue ser bistre.
É claro que existem tons, aqueles tipo de carro ou de esmalte que são produzidas de forma especial. Uma escala de cores muito conhecida é a Pantone. Há também um tipo de impressão, a hexacrome, que além da CMYK usa o ligth cian (verde-claro) e o ligth magenta (laranja), para gerar resultados mais bem definidos. Resumindo, as cores são impressas separadamente, uma por cima da outra. É a mistura que dá o colorido. Mas voltemos ao off-set.

Nesse sistema, as impressoras podem ser planas ou rotativas. Isso quer dizer que pode utilizar folhas soltas (planas) ou bobinas de papel (rotativas). Os jornais utilizam bobinas de papel (mas não falemos em papel-jornal, que dá até depressão...). Estávamos na parte em que as imagens do fotolito são gravadas na chapa de impressão. Daí é fácil, a é só passar tinta na chapa que vai “carimbar” o papel e pronto, certo? É... mais ou menos.

Na verdade, existe uma blanqueta (de borracha) entre a chapa metálica e o papel, para que a imagem saia com uma definição melhor, a letra não saia borrada, etc. E ainda um outro detalhe importante, como a tinta “gruda” na chapa. Esse é um processo antigo, baseado na litografia.

Inventada na Alemanha, no século XVIII, litografia significa escrever em pedra. Registrava-se o que se queria imprimir na pedra com substâncias gordurosas, depois jogava-se tinta por cima, que era fixada nos lugares onde havia gordura. Em seguida, jogava-se água, para tirar o excesso de tinta e fixava-se o papel. Com os anos, a pedra foi sendo substituída pela chapa metálica. Hoje já existem impressoras off-set que não utilizam água, mas, acreditem se quiserem, na maioria delas a chapa recebe água para que a tinta não se fixe nas áreas de contragrafismo (ou seja, nas que não serão impressas).

Parece difícil? E se eu disser que o sistema de impressão da editora Record não funciona assim? Agora que você, leitor, já sabe como funciona a maioria das impressões, vai entender melhor o que eu queria explicar. O sistema Cameron, utilizado pela editora, para começar, não utiliza fotolitos. O que significa que a impressão é preto no branco! As matrizes são feitas naquela base do computer-to-plate, lembram? Aliás, a matriz de impressão, não é uma chapa metálica, mas um “clichê de fotopolímero”, ou seja, quase um carimbo com letras de borracha, o tal que deu origem a todo esse comentário. Também não existe blanqueta. A matriz “carimba” direto no papel (o que faz a impressão off-set ter um resultado final melhor. Nada que possa ser perceptível a olhos nus).

Vários clichês, como o que eu ganhei, são colados um ao lado do outro, num grande “plástico” que se chama cinta. É ela que vai pra máquina. De um lado temos uma máquina fornecendo papel, de outra temos a cinta recebendo tinta. Em dado momento, a cinta encontra o papel e dá um beijo nele. Está pronto para ir pro forno, pra tinta secar. O papel sai do forno, é resfriado para evitar diferenças de tamanho, devido à dilatação. E lá vem ele de novo, para que o verso seja impresso. Repete-se a primeira etapa e pronto, está impresso. Daí pra frente é só dobrar, cortar, acertar as folhas, organizar, colar na capa, dobrar as orelhas, empacotar etc, etc, etc.

É ou não é uma impressora gigante?

A imprensa debocha

Está em todos os jornais, sites e programas esportivos: Adriano é o novo reforço do Flamengo. A chegada do atacante é anunciada com estardalhaço pela mídia. A mesma mídia que, há menos de um mês, especulava sobre a depressão do "Imperador", seu afastamento dos gramados e até sobre um possível envolvimento com drogas...

O mesmo aconteceu com Ronaldo, que voltou a ser o "Fenômeno" depois de ser perseguido pelos seus quilinhos a mais e de virar motivo de chacota após se envolver numa confusão com travestis.

Altos e baixos fazem parte da vida. Mas é incrível a capacidade que a mídia tem de transformar situações - positivas ou negativas - em notícia. Num minuto, o protagonista da história é alvo de especulações e acusações ou então é ridicularizado. No minuto seguinte, é transformado em herói novamente, como se nunca tivesse passado por maus bocados. Pelo visto não é só a vida que debocha... A imprensa também.

quarta-feira, 6 de maio de 2009

Segura esse bloqueio

Depois do tricampeonato do Flamengo, Fabio Luciano confirmou que deixará os campos. Após o lance que provocou sua expulsão na partida contra o Botafogo, não há dúvidas, o próximo objetivo do capitão será uma vaga na selação de Bernardinho.

terça-feira, 5 de maio de 2009

Qual é a sua trilha?

Publicado em: http://www.sidneyrezende.com/noticia/36861+fitinha+da+esquina+as+melhores+aberturas+de+novela
Fitinha da Esquina: As melhores aberturas de novela
Luiz Felipe Carneiro 22/04/2009 11:24


Não é rádio-despertador, mas durante oito meses, a mesma música toca todo dia na mesma hora. E, de acordo com a canção, já dá para sentir um pouco como será a novela. Desde o início dos anos 70, as trilhas sonoras se transformaram em parte integrante de uma novela. Mais do que gerar uma boa grana com a venda de discos, a trilha sonora tem fundamental importância para definir os diversos tipos de personagens. O autor de novelas que trabalha bem com isso acaba largando na frente, ou seja, uma boa música já é um diferencial em uma novela. Mas além daquelas canções que tocam no decorrer da trama, existe mais uma de fundamental importância. Trata-se da chamada música de abertura. As novelas passam, poucos personagens ficam, e as canções, mesmo 20, 30 anos depois ainda são lembradas. Quem tinha pelo menos cinco anos de idade em 1988, com certeza não se esqueceu da antológica abertura da novela "Vale Tudo", de Gilberto Braga, com Gal Costa cantando ao fundo os versos "Brasil, mostra a sua cara". Esse foi um caso especial, em que a canção casou perfeitamente com a trama da novela, que terminava com um empresário mau-caráter fugindo do Brasil e dando uma bela de uma banana. Mas além de "Vale Tudo", várias outras aberturas de novela foram marcantes. "Dancin' Days", "Mulheres Apaixonadas", "Tieta", "Roque Santeiro"... Enfim, teríamos material para construir várias Fitinhas sobre aberturas de novela. Como aqui temos que nos contentar com 12, o jeito foi riscar algumas. De qualquer forma, não vai demorar muito para fazermos uma segunda Fitinha de novelas.
Lado A :
1) "Pecado Capital" (Paulinho da Viola)
2) "Dancin' Days" (As Frenéticas)
3) "Pai" (Fábio Jr.)
4) "Noturno" (Fagner)
5) "Luiza" (Tom Jobim)
6) "Nosso Louco Amor" (Gang 90 & as Absurdettes)
Lado B :
1) "Whisky a Go Go" (Roupa Nova)
2) "Santa Fé" (Moraes Moreira)
3) "Brasil" (Gal Costa)
4) "Tieta" (Luiz Caldas)
5) "Me Chama Que Eu Vou" (Sidney Magal)
6) "Pela Luz Dos Olhos Teus" (Miúcha & Tom Jobim)
Aguarde... amanhã estamos de volta com textos inéditos. Até lá!

segunda-feira, 4 de maio de 2009

Mas de novo?

Provavelmente você já viu o vídeo e talvez tenha até se emocionado, caso da pessoa que vos escreve no momento. De fato, o vídeo é surpreendente e a cantora dá provas de uma mega superação pessoal. Estou falando de Susan Boyle, óbvio.

Depois da aparição da cantora no "Britains got Talent", no início de abril, não teve quem não noticiasse o causo. Porém, o que era pra ser algo bacana, virou algo insuportável. Por que? A mídia, em todas as suas formas, falou do assunto até não poder mais. Numa das últimas notícias que li sobre ela, comecei a pensar "meu deus, mas isso de novo?".

Na verdade, acho que já tinha deixado de ser legal quando foi pro South Park, né?

Claro que a coitada da escocesa não tem culpa, mas é realmente chato quando os veículos de notícias pegam um assunto pra cristo...

Não sei vocês, mas me parece aquelas brincadeiras de criança quando você repete tanto uma palavra que ela perde totalmente o sentido?

Tomara que essa história toda siga seu curso natural. Todo mundo vai falar bastante dela e depois de um tempinho, curto até, a história vai cair no esquecimento e só vai voltar à tona vez ou outra. Algo como os ex-BBBs, sabe?

Vamos lá, se você não sabe de que vídeo essa louca aqui está falando, clique aqui.
Se você acha que a mídia tira todo o caldo dos assuntos e isso é um porre, comenta, né?
Ah, e por último, mas não menos importante. Se você discorda de tudo que eu escrevi e quer reclamar, pode comentar também! :)

domingo, 3 de maio de 2009

Escalação Contra

Campeonato Carioca - Nos últimos dois jogos entre Botafogo e Flamengo, a vida debochou de Emerson, zagueiro do alvinegro, que marcou dois gols contra. Resta saber se na decisão de hoje o técnico Ney Franco vai debochar da torcida e escalar o jogador. Confira o gol contra da final da Taça Rio.